quinta-feira, 26 de maio de 2011

Tecnologias na Educação



Fiz uma especialização em Linguagens, Códigos e sua Tecnologias. Tecnologias... Termo amplo. Hoje se fala muito sobre tecnologias da informação e comunicação. Eu, como professora da área de linguagens e códigos, não poderia deixar de me inteirar do poder dessas ferramentas no ensino-aprendizagem de línguas. Parece que está ficando cada dia mais difícil imaginar a vida sem elas, e o ensino, então?
Percebo que entre meus colegas professores a disseminação do uso de computadores, internet, celulares, câmeras digitais, e-mails, mensagens instantâneas, aparelhos de reprodução de mídias como ipod, mp3, DVD, data show e essa infinidade de coisas da modernidade provoca reações variadas. Alguns professores demonstram empolgação com as possibilidades que se abrem, outros desconfiam do potencial prometido e outros se sentem impotentes por não saber usá-los ou por conhecer menos do que os próprios alunos. A relação entre tecnologia e a escola ainda é bastante confusa e conflituosa.
Após a leitura do texto “Por que precisamos usar a tecnologia na escola?” de Edla Ramos (2006) eu mesma me fiz vários questionamentos. Pode um professor usar uma tecnologia da qual ele mesmo necessita de ajuda para operar? Como convencer a alunos a pais sobre a necessidade de dominar certas ferramentas tecnológicas que muitas vezes o próprio professor não consegue? Como se manter informado a atualizado no uso de tecnologias que estão em contínuo processo de mudança num velocidade extraordinária? Nossos alunos, crianças e adolescentes que nasceram e convivem com essas mudanças da era da tecnologia da informação, parecem estar muito mais “antenados” no que essas ferramentas são capazes de fazer do que nós, seus professores. Hoje, o professor carece de informação e formação continuada nessa área para acompanhar o avanço tecnológico e aproveitar isso em suas aulas. É claro que muitas escolas carecem de recursos tecnológicos. Algumas carecem até de material básico, mas, em minha opinião, o principal entrave para o uso das tecnologias na sala de aula ainda é o despreparo do professor.
A realidade que nos apresenta é que o domínio dessas ferramentas tecnológicas tem feito surgir uma nova categoria de ensino aprendizagem, o letramento digital. Nós, professores, que ainda sentimos dificuldade em lidar com diversos problemas e letramento no desenvolvimento da leitura, escrita e raciocínio lógico-matemático, já nos vemos enfrentando um novo desafio: promover o acesso à informação, garantir a inclusão digital (ou alfabetização tecnológica) e criar condições para a capacitação progressiva do uso das ferramentas.
O aluno só será considerado digitalmente letrado quando possuir a habilidade de localizar a informação, selecionar por relevância, organizar usando os recursos disponíveis, entender, avaliar e finalmente, produzir seu conhecimento usando tecnologia digital.
Em minha escola o laboratório de informática está desativado nos turnos em que trabalho. O equipamento é bom, completo, moderno, mas está apresentando falhas na ligação com a internet e não há professor ou outro profissional no momento, que seja responsável pelo espaço. Qualquer professor poderia usar a sala em uma aula planejada para isso, mas nenhum se arriscaria sem um porte técnico ou pedagógico no uso dos computadores. Outro dia um colega disse: “Essa tecnologia é ótima quando funciona!” e eu penso que seria mesmo. Tenho projetos que dependem daquele equipamento e ele está lá, mas eu não tenho condições, no momento, de fazê-lo funcionar.

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